quinta-feira, 16 de maio de 2013

Obesos de Informações, famintos de sentidos.

O presente texto nos trará um importante pensamento sobre como nossa sociedade forma, informa e educa seus cidadão. Trazendo consigo uma significada critica construtiva sobre o avalanche de informações que recebemos a cada minuto de nossas vidas. Também corporificando as informação, fazendo uma reflexão sobre o quanto podemos biologicamente assimilar o que é apresentado e desenvolver um processo de significações e sentidos para tal.

Nesta sociedade veloz, se cobramos e se tornamos pessoas ansiosas pelo aprendizado rápido e mastigado. A tecnologia é fantástica e com uma ajuda do market tem o poder de nos consumir, o nosso corpo todo cabe em uma mídia de CDR, centenas de músicas podemos ter dentro de um pequenino pendrive. Entretanto, temos uma considerável possibilidade de nos tornarmos reféns de tudo isto, mas esta coisificação do mundo e das pessoas nos invade e nos consome passivamente? Não. Pois segundo Eduardo Giannetti. Em primeiro lugar isto é um problema e em segundo somos cúmplices da questão apresentada.

Trazendo o olhar para o corpo, podemos pensar que ele é um brilhante conjunto de órgão, de massas e músculos que juntos conseguem nos ajudar a resistir a tanta inovação em um curto tempo histórico de evolução de nossa espécie.
Não podemos negar que exista um banquete de informações que nos é oferecido a cada instante e que corresponde a nossa não menos formidável gula faustiana. No entanto, a oferta alimenta a demanda e a demanda estimula a oferta, e esta só se desenvolve e se reproduz por que em seu caminhar encontra terreno fértil.

É interessante viajar pelas capacidades sensoriais e seletiva que o nosso corpo é capaz de desenvolver, como ele vai filtrando aquilo que somos capazes de assimilar, como a visão, que não nos permite enxergar algumas coisas ou a audição que veta muitos sons que se pudêssemos escuta-los nos traria uma enorme confusão cerebral.

Com isso podemos fazer uma comparação com esta sede insaciável, e o problema segundo Eduardo Giannetti “é que existe um descompasso essencial entre esse apetite desgovernado por doses adicionais de informação, de um lado, e a capacidade limitada do nosso cérebro de assimilá-las, digeri-las e integrá-las em um todo coerente e dotado de significado, de outro.”
Resultando em um mal-estar da sobrecarga de informação e da dispersão da atenção. Somos obesos de informação, mas famintos de sentido. Temos uma difusa crença de que mais informação é sempre melhor. Será? O autor questiona.

Eduardo Giannetti também traz uma reflexão feita no século 19 pelo escritor romântico americano Henri Thoreau: "Nós estamos com enorme pressa para construir um telégrafo magnético do Maine para o Texas, mas pode ser que o Maine e o Texas nada tenham de importante a comunicar... É como se o objetivo fosse falar depressa e não falar de modo sensato".

Podemos concluir, com as reflexões apresentadas pelo autor explorado, que nos indica a uma moderação e filtração das informação apresentadas a nós, entretanto, de outro lado, um mergulho profundo nos significados daquilo que escolhemos estudar e também de outras coisas que nos são empurradas guéla abaixo, pelos programas de TV, de sons, rótulos, slogans e imagens diversas. Ser curioso, ampliar o olhar e as possibilidades é certo, mas, filtrar, escolher e não aceitar tudo, também é válido.

Autoria: Valéria Alves da Silva   R.A. 11 10 43

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